INTERNACIONALIZAÇÃO
O programa ainda mantém um engajamento internacional regular, mas significativo, dado seu tamanho. O primeiro aspecto que ilustra nossa internacionalização são as colaborações internacionais em publicações. Dos nossos docentes permanentes, oito mantêm colaborações internacionais ativas, como mostram as publicações científicas em coautoria com esses colaboradores estrangeiros. Em resumo, temos interações com pesquisadores nos Estados Unidos, França, Alemanha, Polônia, Áustria, Índia e Palestina.
Também temos colaborações ocasionais com pesquisadores das seguintes instituições no exterior:
- Departamento de Física, Física Aplicada e Astronomia, Rensselaer Polytechnic Institute, Troy-NY-USA (Professor Vincent Meunier)
- Departamento de Física, Física Aplicada e Astronomia, Rensselaer Polytechnic Institute, Troy-NY-USA (Professor Humberto Terrones)
- Departamento de Física, The Pennsylvania State University, State College-PA-USA (Professor Mauricio Terrones)
- Institut Lumière Matière, Université Claude Bernard - Lyon 1 & CNRS (Professor Alfonso San Miguel)
- Institute of Low Temperature and Structure Research, Wrocław, Polônia (Professor Miroslaw Maczka)
- AGH University of Science and Technology, Faculty of Physics and Applied Computer Science, al. Mickiewicza 30, Cracóvia, Polônia (Professor K. Malaz)
- Seção de Ciência Cognitiva, Departamento de Psicologia, Universidade de Graz (Professor Tarik Hadzibeganovic)
As interações com os professores Vincent Meunier e Humberto Terrones, ambos do Departamento de Física, Física Aplicada e Astronomia do Rensselaer Polytechnic Institute (RPI), em Troy-NY-EUA, foram ainda mais fortalecidas por suas visitas frequentes a Teresina e pelas visitas de nossos professores a Troy, além de estudantes americanos vindos a Teresina por meio de projetos financiados pela APS e pelo programa Ciência Sem Fronteiras. Embora essas fontes específicas de financiamento tenham terminado, a interação com esses professores continua por meio de outros meios financeiros fornecidos pela UFPI (programa Pro-Missions) e RPI.
Além das colaborações científicas, o programa também busca promover visitas de alguns desses pesquisadores por meio da participação em chamadas de internacionalização da CAPES e/ou CNPq, bem como por meio de apoios eventuais da UFPI e instituições parceiras. O programa teve projetos específicos de internacionalização financiados tanto pela CAPES quanto pela American Physical Society, o que facilitou o intercâmbio não apenas de professores, mas também de estudantes americanos que visitam Teresina. Com o recente lançamento do nosso programa de doutorado, agora podemos participar de chamadas para programas de "doutorado sanduíche", fortalecendo ainda mais nossas colaborações internacionais em andamento e fomentando novas.
O PPGF também recebeu uma pesquisadora estrangeira (Dra. Anupama Ghosh – Indiana) que conduziu uma bolsa de pós-doutorado pelo programa PNPD, começando em outubro de 2014 por mais de quatro anos. Outro pesquisador estrangeiro (Dr. Yuset Guerra Davila – cubano) iniciou uma bolsa de pós-doutorado pelo programa PNPD em setembro de 2019.
O professor Bartolomeu Viana fez uma apresentação principal no seguinte evento internacional:
- Carbon 2018 - The World Conference on Carbon: GRAPHITIZATION OF ACTIVATED CARBON OBTAINES FROM LOCAL BIOMASS (BABASSÚ) AND THEIR ELECTROCHEMICAL PROPERTIES, 2018.
O PPGF aborda uma demanda local significativa por graduados em Física. Isso é ilustrado pelo fato de que nosso processo de admissão de mestrado normalmente atrai três vezes o número de vagas disponíveis. O programa, que lançou sua primeira turma de doutorado em 2019, também envia um grande número de alunos para cursar doutorado em outras instituições brasileiras. No entanto, agora está entrando em uma fase de transição, onde se tornará a instituição de treinamento final. O programa desempenha um papel local essencial, começando por sua importância geográfica. É o único programa acadêmico de Física em um raio de 500 km de Teresina, PI. Este círculo abrange seis cidades no Piauí com instituições públicas que oferecem cursos de graduação em Física (oito em ensino e uma em pesquisa) e dois locais adicionais no Maranhão (oferecendo programas de graduação em Física em instituições públicas) que são mais próximos de Teresina do que de São Luís - MA (Caxias – UEMA, São João dos Patos – IFMA). Imperatriz-MA também está aproximadamente na mesma distância de São Luís e Teresina, onde o IFMA também oferece um programa de graduação em Física. Nossos eventos e/ou processos seletivos têm atraído alunos de várias localidades no Piauí e no Maranhão (alguns de nossos alunos, embora graduados da UFPI, IFPI e UESPI, vêm de cidades maranhenses).
Na prática, um exemplo da integração social do PPGF é o grande número de nossos ex-alunos trabalhando como professores em instituições de ensino superior no Piauí. Contabilizamos 25 professores em nossos registros, sem contar aqueles que trabalham como professores substitutos em algumas dessas instituições. Outros ex-alunos trabalham como professores em departamentos estaduais de educação ou como peritos forenses.
Conforme mencionado anteriormente, o programa também organiza eventos em Teresina e outras cidades do interior, visando promover a divulgação científica e fomentar a interação. Esses eventos também proporcionam aos futuros professores exposição à física avançada, potencialmente impactando o ensino fundamental e médio.
Em relação à interação do programa com outras instituições dentro e fora de Teresina, ele visa promover colaborações científicas entre seus docentes e professores dessas outras instituições, dando a eles a oportunidade de participar de nossas atividades de pós-graduação. Este é outro forte elemento de nossa integração social, pois nos permite envolver pesquisadores produtivos de campi com infraestrutura e recursos humanos limitados em atividades de pós-graduação. Isso não apenas proporciona benefícios significativos a esses docentes externos no curto e médio prazo, mas também pode contribuir para a futura expansão da educação de pós-graduação em áreas rurais do nordeste no longo prazo.
O programa também manteve convênios PROCAD-CAPES com instituições como UFC e UNIFRA durante o último quadriênio, visando fortalecer e criar novas colaborações, além de proporcionar oportunidades de intercâmbio nacional para nossos alunos: Modelagem Computacional e Experimentos em Nanomateriais, R$ 360.000 (2014-2017), com coordenação local de Eduardo Costa Girão.
Por fim, o programa busca disseminar seu trabalho online, não apenas por meio de seu site oficial, mas também por meio de perfis de mídia social como Facebook e Instagram, que ampliam o acesso às informações sobre nosso programa e, às vezes, têm um alcance maior do que o site oficial da UFPI.
Site oficial: http://leg.ufpi.br/fisicaposgrad/
Instagram: @ppgfufpi
https://www.instagram.com/ppgfufpi/?igshid=1opml6er46bxs
Facebook: https://www.facebook.com/pgfisicaufpi/?notif_id=1618377174830551¬if_t=page_fan&ref=notif
Além disso, vários de nossos docentes têm se envolvido em atividades de formação de professores por meio dos programas EAD e PARFOR. Dentro da UFPI, o programa busca visibilidade por meio de seminários e eventos (nosso workshop anual é o principal), que são abertos a toda a comunidade universitária, incluindo alunos de graduação e pós-graduação e professores de física e de áreas afins. Esses seminários e eventos também são realizados no interior do estado, visando atingir os diversos programas de graduação em Física do Piauí (e áreas próximas do Maranhão), bem como alunos do ensino médio (no caso de seminários e eventos realizados no IFPI). Em 2017, docentes do PPGF realizaram seminários científicos em Angical-PI, Parnaíba-PI e Caxias-MA. Em 2018, docentes ministraram seminários em Oeiras-PI e Parnaíba-PI, bem como um curso de curta duração em física computacional em Parnaíba. Em 2019, foi realizada a primeira Escola SBF do Piauí, fomentando interações com a comunidade piauiense mais ampla. Também temos registros de docentes envolvidos no programa PIBIC do ensino médio.
A pesquisa do nosso programa (relacionada a biomateriais) também foi destaque na TV. Recentemente, duas reportagens foram ao ar em uma emissora local, destacando estudos sobre biomateriais à base de babaçu (um tópico com forte significado regional) e o uso da espectroscopia Raman no diagnóstico de câncer de pele (outro tópico com forte apelo local, dado o clima característico do Piauí e a alta incidência dessa patologia no estado). A equipe envolvida nesses estudos foi recentemente entrevistada em um talk show de TV local.
O programa visa abordar questões regionais e da sociedade. Por exemplo, membros do corpo docente estão participando de estudos envolvendo fósseis, um exemplo claro de uma questão regionalmente significativa, já que o Piauí abriga importantes sítios arqueológicos e paleontológicos. Além disso, uma nova direção de pesquisa em biofísica foi recentemente iniciada, estimulada pela contratação de um professor visitante. Estudos nessa área são focados no uso de técnicas espectroscópicas para diagnosticar certos tipos de câncer. Muitos desses estudos receberam significativa cobertura da mídia local, com inúmeras aparições na TV.


